A estrela desse céu, cansou de brilhar...
a que iluminava, a mais ardente...
Teima em cair, cadente
Sem desejo, sem pedido
como se nunca chance tivesse tido
do sonho viver para nunca acordar.
21 dezembro 2009
16 novembro 2009
Circo
Ando tão sem graça...
Tudo chega e passa...
O que é meu
não é. Nunca foi.
Aspirando um mísero 'oi'
Vazio: presença da desgraça.
Tudo chega e passa...
O que é meu
não é. Nunca foi.
Aspirando um mísero 'oi'
Vazio: presença da desgraça.
25 outubro 2009
Espera
Sou vento que leva
Onde não sei chegar
Sou brisa que sopra
P'ra qualquer lugar
Sou espera ansiosa
No aguardo do chegar
Sou tempo escuro
Esperando clarear
Sou amor profundo
-Eterno desejo de amar.
Onde não sei chegar
Sou brisa que sopra
P'ra qualquer lugar
Sou espera ansiosa
No aguardo do chegar
Sou tempo escuro
Esperando clarear
Sou amor profundo
-Eterno desejo de amar.
18 setembro 2009
Liberdade
Ser livre é prisão
É ser você e ser o mundo
É algumas vezes abrir mão
É ser pai, mãe, irmão
É mergulhar profundo
É ser amiga, companheira, mulher
É sentir-se, consigo, querida
É não ser de quem se quer.
É enxergar tudo mais ameno
Tentar não sentir-se pequeno
Entre tantos e tão poucos
Nesse mundo que só habitam loucos.
É ser você e ser o mundo
É algumas vezes abrir mão
É ser pai, mãe, irmão
É mergulhar profundo
É ser amiga, companheira, mulher
É sentir-se, consigo, querida
É não ser de quem se quer.
É enxergar tudo mais ameno
Tentar não sentir-se pequeno
Entre tantos e tão poucos
Nesse mundo que só habitam loucos.
02 agosto 2009
Alone
Neste centro
Do meu mundo
Eu vou fundo
E sou só
Essa companhia
Fria
No dia
Frio
Sou eu.
Pergunto-me, talvez
E quando eu não existir?
Sozinha estarei.
E fim.
Do meu mundo
Eu vou fundo
E sou só
Essa companhia
Fria
No dia
Frio
Sou eu.
Pergunto-me, talvez
E quando eu não existir?
Sozinha estarei.
E fim.
29 julho 2009
28 julho 2009
Novidade (quase) comum
A vida não é mais a mesma
Ainda que o mesmo não seja igual
Vivo diferente, igualmente
De quando o dia era irreal.
Sinto falta do que não tive
Mesmo que em sonho tivesse
Sonho com um sonho que vive
Ainda que este nunca houvesse.
Aspiro o som da solidão
Que chega lenta, sem emoção
O vazio que acompanha meu drama
Não conhece este coração que ama.
O sol, pondo-se à frente
Ilumina a tristeza presente
Raios clareiam, escurecem
Sentimentos vazios, que permanecem.
De tudo, o que resta? Nada!
É solidão que somente afaga
O que nunca busquei, e sinto
Esse amor que vivo. E minto.
(11/07/09)
Ainda que o mesmo não seja igual
Vivo diferente, igualmente
De quando o dia era irreal.
Sinto falta do que não tive
Mesmo que em sonho tivesse
Sonho com um sonho que vive
Ainda que este nunca houvesse.
Aspiro o som da solidão
Que chega lenta, sem emoção
O vazio que acompanha meu drama
Não conhece este coração que ama.
O sol, pondo-se à frente
Ilumina a tristeza presente
Raios clareiam, escurecem
Sentimentos vazios, que permanecem.
De tudo, o que resta? Nada!
É solidão que somente afaga
O que nunca busquei, e sinto
Esse amor que vivo. E minto.
(11/07/09)
24 junho 2009
Nova dança (alegria fugaz)
Hoje surgiram-me cores
Um arco na íris em flores
Alegria de ser cor se faz
Felicidade em cor, refaz
Bandeiras de alegriam, voam
Sorrisos em palavras, soam
A festa está refeita
Tudo em harmonia perfeita
Exalo perfume envolvente
Sou agora dança entre a gente
Em meio a chamas e fogueiras
Coração bate forte, incendeia
Festival de gestos em vida
São João comemoro. Viva!
22 junho 2009
Dueto
Entre sonho e realidade
Sou somente momento
Numa réstia de saudade
Instante em comento
Realidade que apavora
Solidão que incomoda
Ouço a voz do vazio
Em pensamento, fantasio
Entre vozes e emoções
Sentimentos e corações
Do querer, e viver
Do gemido, do poder
Duo face; sorriso outro.
Inesperado novo encontro
A paz que não se renova
A vida, que se desaprova.
Da ligação que não se encerra
Da verdade que se tolera
Na busca efetiva do amor
Sou um só sentimento: dor.
Sou somente momento
Numa réstia de saudade
Instante em comento
Realidade que apavora
Solidão que incomoda
Ouço a voz do vazio
Em pensamento, fantasio
Entre vozes e emoções
Sentimentos e corações
Do querer, e viver
Do gemido, do poder
Duo face; sorriso outro.
Inesperado novo encontro
A paz que não se renova
A vida, que se desaprova.
Da ligação que não se encerra
Da verdade que se tolera
Na busca efetiva do amor
Sou um só sentimento: dor.
14 junho 2009
Atemporal
No percurso do tempo
Luto contra tudo.
Ainda que queira, a favor...
Entretanto, entre tantos,
Sou fé no que desacredito.
Batalho sensações
Despropositadas
Desesperadas
Desestimuladas.
Manifestações d’um eu
Mudo.
Mudo o mundo, meu mundo
o verso, o sinônimo.
Num regresso
Reencontro-me.
Só. De novo.
Luto contra tudo.
Ainda que queira, a favor...
Entretanto, entre tantos,
Sou fé no que desacredito.
Batalho sensações
Despropositadas
Desesperadas
Desestimuladas.
Manifestações d’um eu
Mudo.
Mudo o mundo, meu mundo
o verso, o sinônimo.
Num regresso
Reencontro-me.
Só. De novo.
21 maio 2009
Tinto
No cilindro de vidro
Vinho escuro, frio
Que amarga o tempo
Que silencia o vento
Que comemora o cio.
Vinho escuro, frio
Que amarga o tempo
Que silencia o vento
Que comemora o cio.
15 maio 2009
No ensejo
O que penso é lixo, resto
É som num silêncio manifesto
Do que trago na noite, que traga
A bile do som; amarga.
Profundo desejo: medo
Sou noite escura... enredo
Traduzindo minh'alma, nua
Num feixe de lua, da lua.
Solidão não cala, grita!
Realidade que o sonho imita
Sendo louca e sã, agora
Quando o dia anoitece: aurora!
Sou gana, poder, tensão
Cultuando a dor (tesão)
Me perdendo no universo vazio
Acorrentada, com medo: frio.
Se busco meu eu: alguém.
N'outrora me vejo: ninguém!
Sou muitas e no fundo, só
Entre tantas lembranças... NÓ!
É som num silêncio manifesto
Do que trago na noite, que traga
A bile do som; amarga.
Profundo desejo: medo
Sou noite escura... enredo
Traduzindo minh'alma, nua
Num feixe de lua, da lua.
Solidão não cala, grita!
Realidade que o sonho imita
Sendo louca e sã, agora
Quando o dia anoitece: aurora!
Sou gana, poder, tensão
Cultuando a dor (tesão)
Me perdendo no universo vazio
Acorrentada, com medo: frio.
Se busco meu eu: alguém.
N'outrora me vejo: ninguém!
Sou muitas e no fundo, só
Entre tantas lembranças... NÓ!
26 abril 2009
Perímetro
No quarto
quadrado
Só há cantos
e desencantos
Nela, enxergo vidas, roupas e outras janelas
Enxergo muros, postes e luzes amarelas
Enxergo o futuro, escuro, em luz de velas
Vejo e não enxergo
Um futuro,
o meu de manhã
obscuro.
Sigo.
quadrado
Só há cantos
e desencantos
caixas de cores secas e mortas, mas que trazem vida nova;
uma cama, de história diversa, que reflete alma renovada;
um vento que flutua em palavras e lágrimas;
e uma janela.
Nela, enxergo vidas, roupas e outras janelas
Enxergo muros, postes e luzes amarelas
Enxergo o futuro, escuro, em luz de velas
Vejo e não enxergo
Um futuro,
o meu de manhã
obscuro.
Sigo.
Chave
O que mais eu aspirava
era entregar as chaves
da vida, para um vida.
E fiz. Doei-me ao mundo
ao tudo
desconhecido.
Agora, com chaves inúteis,
que abrem portas da base,
do amor, de uma vida pretérita,
são inúteis.
Em mãos, as chaves de um passado,
que mareja o olhar
que dói e machuca,
mas que já se foi.
Assisto novas chaves
de um futuro do presente
abrir portas maiores
que desejei abrir,
que vou abrir.
era entregar as chaves
da vida, para um vida.
E fiz. Doei-me ao mundo
ao tudo
desconhecido.
Agora, com chaves inúteis,
que abrem portas da base,
do amor, de uma vida pretérita,
são inúteis.
Em mãos, as chaves de um passado,
que mareja o olhar
que dói e machuca,
mas que já se foi.
Assisto novas chaves
de um futuro do presente
abrir portas maiores
que desejei abrir,
que vou abrir.
Um amor pra recordar
"Romances de verão terminam por diversas razões, mas geralmente eles têm uma coisa em comum: são como estrelas cadentes, um fantástico momento de brilho nos céus, um fugáz relance de eternidade e no instante seguinte, desaparece."
21 abril 2009
Hoje a noite não tem luar
Céu escuro
Negro
Coração duro
Seco
O presente
já é pretérito
O ausente
é imperfeito
A falta faz
A lembrança traz
Um renascer
O anoitecer
Sem luar.
Negro
Coração duro
Seco
O presente
já é pretérito
O ausente
é imperfeito
A falta faz
A lembrança traz
Um renascer
O anoitecer
Sem luar.
09 abril 2009
Definitivo
A idéia antes distante
Quase uma incerteza, pensante
Tornou-se imediato,
Num piscar, nesse instante.
O remoto amanhã, chegou
A convivência diária, terminou
Restando-me apenas
A saudade de quem ficou.
A ausência, do todo, é parte
A tristeza, hoje, não fez alarde
Ainda assim, a nostalgia impera
Como um pôr-do-sol, à tarde
Nesse movimento de mudança
Sou agora, feliz lembrança
De quando a simplicidade domina
Regozijando-me, feito criança
De quando fui mão amiga
De quando espacei uma briga
Quando magoei por ser sincera
Ouvindo, sem querer, parte de uma intriga!
Eu vou, mas vou sorrindo
Afrontando o desafio, que vem vindo
Entre ordens, palavras e papéis
Apurando os ares, as idéias... evoluindo.
Peço apenas que nunca, jamais
Vocês, meus amigos especiais
Pensem que o que digo, é adeus
Tudo isso foi só pra dizer: até mais.
(Aos meus familiares e amigos, queridos e amados que deixo em Fortaleza com parte do meu coração.)
Quase uma incerteza, pensante
Tornou-se imediato,
Num piscar, nesse instante.
O remoto amanhã, chegou
A convivência diária, terminou
Restando-me apenas
A saudade de quem ficou.
A ausência, do todo, é parte
A tristeza, hoje, não fez alarde
Ainda assim, a nostalgia impera
Como um pôr-do-sol, à tarde
Nesse movimento de mudança
Sou agora, feliz lembrança
De quando a simplicidade domina
Regozijando-me, feito criança
De quando fui mão amiga
De quando espacei uma briga
Quando magoei por ser sincera
Ouvindo, sem querer, parte de uma intriga!
Eu vou, mas vou sorrindo
Afrontando o desafio, que vem vindo
Entre ordens, palavras e papéis
Apurando os ares, as idéias... evoluindo.
Peço apenas que nunca, jamais
Vocês, meus amigos especiais
Pensem que o que digo, é adeus
Tudo isso foi só pra dizer: até mais.
(Aos meus familiares e amigos, queridos e amados que deixo em Fortaleza com parte do meu coração.)
06 abril 2009
Insegurança
O dia se faz escuro
Ainda que seja dia
No passar das horas
Incertas
A certeza de não ter
Apodera-me.
A lucidez explode
Em nefastas ilusões
Desesperadas desilusões
Sobrepondo-se
A mim. Sobre ti.
Em plano diverso,
Me vem uma nuvem
Já quando no sol
Que iluminava
Não chove
Mas há um nevoeiro
Que me cega
Sem saber onde piso
O que pensar?
(17-03-09)
Ainda que seja dia
No passar das horas
Incertas
A certeza de não ter
Apodera-me.
A lucidez explode
Em nefastas ilusões
Desesperadas desilusões
Sobrepondo-se
A mim. Sobre ti.
Em plano diverso,
Me vem uma nuvem
Já quando no sol
Que iluminava
Não chove
Mas há um nevoeiro
Que me cega
Sem saber onde piso
O que pensar?
(17-03-09)
31 março 2009
Amor em Pasárgada
Num dia brando de sol
No brilho branco de um farol
Na hora de o sol nascer
A esperança faz-se renascer
No dia de nuvens pálidas
Somos (novamente) almas cálidas.
Um novo dia passa a existir
De olhos brilhantes, um só sorrir
A paixão renova-se, floresce
Ratificando um amor, que permanece
Nas cores lúcidas de um arco-íris
Expondo a alma nua em uma íris
Num abraço provisoriamente vago
Por um momento: eternidade em afago...
A aquarela está em vida presente
Contradizendo a dor, logo ausente.
Onde antes habitava a tristeza
Invadiu-se de flutuante leveza
Consorte de singular afinidade
Já sou – imediata – saudade
Da minha querida e amada Fortaleza.
No brilho branco de um farol
Na hora de o sol nascer
A esperança faz-se renascer
No dia de nuvens pálidas
Somos (novamente) almas cálidas.
Um novo dia passa a existir
De olhos brilhantes, um só sorrir
A paixão renova-se, floresce
Ratificando um amor, que permanece
Nas cores lúcidas de um arco-íris
Expondo a alma nua em uma íris
Num abraço provisoriamente vago
Por um momento: eternidade em afago...
A aquarela está em vida presente
Contradizendo a dor, logo ausente.
Onde antes habitava a tristeza
Invadiu-se de flutuante leveza
Consorte de singular afinidade
Já sou – imediata – saudade
Da minha querida e amada Fortaleza.
30 março 2009
Sau(da)de
Sou sempre saúde
Saudade de ser
Sua.
Sou saudade sempre
Sua saúde
Em ser.
Sua saudade sou
Sempre sendo
Sua saúde.
Sempre saudade sadia
Sendo só sua
Silvia.
Saudade de ser
Sua.
Sou saudade sempre
Sua saúde
Em ser.
Sua saudade sou
Sempre sendo
Sua saúde.
Sempre saudade sadia
Sendo só sua
Silvia.
27 março 2009
Despedida
A partida
Faz-se
Em parte
Da ida
Ainda aqui
Já fui
Logo após
Aqui estou
Dividida
Em dois tempos:
Em vinda
Em ida.
A realidade
Transitória
Só desfaz
E refaz
Um pensamento:
Sou capaz!
Faz-se
Em parte
Da ida
Ainda aqui
Já fui
Logo após
Aqui estou
Dividida
Em dois tempos:
Em vinda
Em ida.
A realidade
Transitória
Só desfaz
E refaz
Um pensamento:
Sou capaz!
26 março 2009
Expiração
Num pretérito
Perto
Sentia-me preenchida
De reciprocidade
Que hoje decompõe-se
Em partida
Despedida
Num dia.
Foi-se, assim
Inspiração
E palavras
Todas em vão
Ficaram soltas
Em pensamento
Em coração
Restou-me ser
Melancolia e tristeza
Por ser personagem
Em páginas em branco
De um enredo
Que nunca começou.
Perto
Sentia-me preenchida
De reciprocidade
Que hoje decompõe-se
Em partida
Despedida
Num dia.
Foi-se, assim
Inspiração
E palavras
Todas em vão
Ficaram soltas
Em pensamento
Em coração
Restou-me ser
Melancolia e tristeza
Por ser personagem
Em páginas em branco
De um enredo
Que nunca começou.
25 março 2009
Na (in)certeza da vontade
Hoje sou
O que me acho ser
Na infinita espera
De quem possa ver
O que na verdade
Quero.
Sou o vento
No tempo
Sou o norte
Sem Forte
Sou paixão
Na solidão
Sou também sonho
De alguém
Contida numa vontade
Que (ainda) não acabou.
O que me acho ser
Na infinita espera
De quem possa ver
O que na verdade
Quero.
Sou o vento
No tempo
Sou o norte
Sem Forte
Sou paixão
Na solidão
Sou também sonho
De alguém
Contida numa vontade
Que (ainda) não acabou.
23 março 2009
Do movimento (no tempo)
Movimentar-se
Em qualquer direção
Já é algo
Indicação
De uma efetiva
Mudança.
A razão traumatiza
O que o coração
transcende
E ascende
Uma meia mentira
Sou um quase futuro
De uma dúvida presente
Num desespero de mente
Batendo contra o muro
Que pode ser chamado
Simplesmente de passado.
São caminhos e direções
Rastros e corações
Amores e confusões
Inércias e ascensões
Dos quais o medo
Faz-me refém
Mostrando-me aquém
Duma realidade
No qual, em outrora,
Era mestra
Conduzindo as lições
Com veemência...
O que serei agora?
Em qualquer direção
Já é algo
Indicação
De uma efetiva
Mudança.
A razão traumatiza
O que o coração
transcende
E ascende
Uma meia mentira
Sou um quase futuro
De uma dúvida presente
Num desespero de mente
Batendo contra o muro
Que pode ser chamado
Simplesmente de passado.
São caminhos e direções
Rastros e corações
Amores e confusões
Inércias e ascensões
Dos quais o medo
Faz-me refém
Mostrando-me aquém
Duma realidade
No qual, em outrora,
Era mestra
Conduzindo as lições
Com veemência...
O que serei agora?
21 março 2009
Do que quero
Não quero ser
Senão
Sua.
Ainda quero
Sentir-me
Mente
Ser algo além
Que corpo
São
Sou mais
Ainda que
Imagina ser
Mas quero ser
Amor e
Poesia
Música e dança
Verso e prosa
Sonho numa realidade
Fática
Quero você
comigo.
Senão
Sua.
Ainda quero
Sentir-me
Mente
Ser algo além
Que corpo
São
Sou mais
Ainda que
Imagina ser
Mas quero ser
Amor e
Poesia
Música e dança
Verso e prosa
Sonho numa realidade
Fática
Quero você
comigo.
18 março 2009
O que há?
Há uma chama
Um verso
Um sentimento
Há um vazio
Concreto
No momento
Há um alguém
Incompleto
Em pensamento
Na verdade há
Tão-somente
Um sonho
No qual
Hemos de ser.
Tão-somente
Um sonho
No qual
Hemos de ser.
17 março 2009
Extasiada
Paro
Diante de mim
Do tempo
Paro, no tempo
Em pensamento
Num movimento
Único.
Numa resta de sonho
De minutos que
Outrora marcou.
Restando só
O vazio da solidão.
Numa chama
Que caprichosamente
Teima
Em não apagar.
Diante de mim
Do tempo
Paro, no tempo
Em pensamento
Num movimento
Único.
Numa resta de sonho
De minutos que
Outrora marcou.
Restando só
O vazio da solidão.
Numa chama
Que caprichosamente
Teima
Em não apagar.
16 março 2009
Inspiração
Pelos olhos negros que me vê
Enxergo a sombra da beleza nata
Na escuridão da noite, que cala
Minh´alma está entregue. P'ra você
Sou pura, encarnada de volúpia
Rubra de amor e de paixão
Ao seu toque, sou imensidão
Derramo a sangue, cheia como a lua.
São segundos de ardor e gemido
Vivendo uma - quase - meia verdade
De um coração abalado, doído.
Espero-te, assim, como me espero
Num transe entre o sonho e a realidade
Como o sofrer, num toque de bolero.
Enxergo a sombra da beleza nata
Na escuridão da noite, que cala
Minh´alma está entregue. P'ra você
Sou pura, encarnada de volúpia
Rubra de amor e de paixão
Ao seu toque, sou imensidão
Derramo a sangue, cheia como a lua.
São segundos de ardor e gemido
Vivendo uma - quase - meia verdade
De um coração abalado, doído.
Espero-te, assim, como me espero
Num transe entre o sonho e a realidade
Como o sofrer, num toque de bolero.
15 março 2009
Selo
Recebi o selo da Glória, onde devo prestar algumas informações. Vamos lá:
Ao receber o selo, citar 7 coisas que te fazem sorrir:
1) Uma noite de luar;
2) Uma companhia agradável;
3) Escrever;
4) Olhos brilhando;
4) Um bom papo;
5) Conquistar um desafio;
6) Sentir-me amada;
7) Amar.
Indicar 7 blogs que fazem você sorrir. Nesse caso, não indicvarei 7, mas sim os que admiro e acompanho:
1) Linhas ao Vento (retribuindo!)
2) Fuga do Intelecto
3) Rango na Madrugada
4) Compulsão Diária
13 março 2009
Quem cala por mim?
Numa tarde, tarde
Cheia de nuvens cheias
De tantas formas
Adornam meu eu.
Durmo acordada
Acordando do sonho
Que anseio por jamais acordar.
Num quase desespero
Sou um destempero
Quando preciso
De mim em mim.
Falando, ouço.
Sentidos aguçados
E direcionados
Sem eco.
E só,
Vejo.
São muitos que nada são.
É nada que vale muito.
É tudo que nada quero.
É um quase nada de mim.
Não sou eu.
Sou mais uma,
Sendo sua única.
Cheia de nuvens cheias
De tantas formas
Adornam meu eu.
Durmo acordada
Acordando do sonho
Que anseio por jamais acordar.
Num quase desespero
Sou um destempero
Quando preciso
De mim em mim.
Falando, ouço.
Sentidos aguçados
E direcionados
Sem eco.
E só,
Vejo.
São muitos que nada são.
É nada que vale muito.
É tudo que nada quero.
É um quase nada de mim.
Não sou eu.
Sou mais uma,
Sendo sua única.
Sou assim
Eu triste sou calada
Eu brava sou estúpida
Eu lúcida sou chata
Eu gata sou esperta
Eu cega sou vidente
Eu carente sou insana
Eu malandra sou fresca
Eu seca sou vazia
Eu fria sou distante
Eu quente sou oleosa
Eu prosa sou tantas
Eu santa sou gelada
Eu salgada sou crua
Eu pura sou tentada
Eu sentada sou alta
Eu jovem sou donzela
Eu bela sou fútil
Eu útil sou boa
Eu à toa sou tua.
(Martha Medeiros)
06 março 2009
04 março 2009
Inefável
"E o viajante apenas inclina a cabeça nas mãos, na sua janela, para entender dentro de si o que é sonho e o que é verdade. E todos os dias são dias novos e antigos, e todas as ruas são de hoje e da eternidade: e o viajante imóvel é uma pessoa sem data e sem nome, na qual repercutem todos os nomes e datas que clamam por amor, compreensão, ressurreição." [Rango na Madrugada]
Você já me conhece agora...
02 março 2009
Antes do amanhecer
"Ilusões a luz do dia
Cílios e limusines
Faça seu rostinho lindo
Derramar uma lagrima em meu vinhoOlhe em meus olhos
Veja o quanto você significa pra mim
Docinhos e milk-shakes
Sou o anjo das ilusões
Sou o desfile de fantasiasConheça meus pensamentos
Não mais os adivinhe
Você não sabe de onde eu vim
Não sabemos para onde vamos
Estamos juntos na vida
Como dois galhos no rio
Sendo levados pela correntezaEu te carrego
Você me carrega
Nossa vida pode ser assim
Você não me conhece?
Você já não me conhece agora?"
01 março 2009
Dia ruim
No mundo, o mundo desmancha-se em águas e trovoadas. Um daqueles que ninguém quer ficar, senão, debaixo das suas cobertas. E logo o temporal avança, seguindo-se de tempestades e maremotos. Quase um furacão indomável que chegou, assim, de repente. Protegida do fenômeno, assisto tudo através de uma fina película de vidro. Vejo... Contemplo... E a cada relampejar, assusto-me pela intensidade com que chega o som, a luz, as gotas. É tudo tão forte, arrebatador. Tenho medo. E segue o dia. E dias iguais. Assim. E tão de repente quanto a chegada da tempestade, o vidro se desfaz. Violentamente, as gotas de chuva vão entrando e umedecendo meu rosto, meu corpo. Os raios iluminam meus olhos fechados, meu corpo esguio, meus braços abertos que sente cada gota entrando e purificando minh’alma. Regando e esquentando meu sangue, fazendo-me forte, fazendo-me rija. Agora, já não trata-se de um dia ruim... As águas que caem do céu dançam sobre minha pele quente, e evaporam com o calor gerado pelo meu corpo que agora, transpira. Em rodopios, de mente e corpo, meu coração bate acelerado pela esperança renovada. O sangue corre quente e não quero parar. Desejo profundo de ser nova, do recomeço. A natureza e sua sabedoria, transforma e ilumina com seus raios. Já não sou quem eu era, sou um dia bom, ainda que o dia esteja ruim.
28 fevereiro 2009
Musicalmente falando
Sei que a tua solidão me dói
E que é difícil ser feliz
Mais do que somos todos nós
Você supõe o céu...
Sei que o vento que entortou a flor
Passou também por nosso lar
E foi você quem desviou
Com golpes de pincel
Eu sei, é o amor que ninguém mais vê
Deixa eu ver a moça
Toma o teu, voa mais
Que o bloco da família vai atrás
[...]
Eu só aceito a condição de ter você só pra mim.
Eu sei, não é assim, mas deixa
Eu só aceito a condição de ter você só pra mim.
Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir e rir.
[Além do que se vê e Sentimental - Los Hermanos]
26 fevereiro 2009
Tabu
Agora torna-se comum.
Entretanto, não poderia ser.
Se o é, o que fazer?
Querer, gostar, gemer.
Sofrer, amar, lamentar.
Aproveitar-se de si.
Usar-se para seu próprio consumo.
Furtar-se da dor.
E, por fim,
Viver.
E sofrer
“A dor que deveras sente”
Entretanto, não poderia ser.
Se o é, o que fazer?
Querer, gostar, gemer.
Sofrer, amar, lamentar.
Aproveitar-se de si.
Usar-se para seu próprio consumo.
Furtar-se da dor.
E, por fim,
Viver.
E sofrer
“A dor que deveras sente”
18 fevereiro 2009
(Dis)simular
Brincar, pular o carnaval...
Esbanjar, dissipar o mal...
Abstrair temporariamente
A realidade que consome
Alcaçado pelo nome:
Inquietude.
[deixa eu brincar de ser feliz... deixa eu pintar o meu nariz...]
Esbanjar, dissipar o mal...
Abstrair temporariamente
A realidade que consome
Alcaçado pelo nome:
Inquietude.
[deixa eu brincar de ser feliz... deixa eu pintar o meu nariz...]
17 fevereiro 2009
Anti-retórica
O que eu sinto
Em algum momento
Se faz compreendido
Mesmo quando calo
Ou ainda quando falo
Por um simples gemido
Rabiscando nas entrelinhas
Explicitando entre as linhas
Meu mundo paralelo
Em algum momento
Se faz compreendido
Mesmo quando calo
Ou ainda quando falo
Por um simples gemido
Rabiscando nas entrelinhas
Explicitando entre as linhas
Meu mundo paralelo
11 fevereiro 2009
Da vontade...
Vontade de tomar sorvete sem preocupar-me com as calorias...
Vontade de tocar piano para alguém especial enquanto este degusta um bom vinho...
Vontade de ler tantos livros quanto gostaria de ler...
Vontade de conhecer um mundo além do meu...
Vontade de deixar o "descuido do não" prevalecer...
Vontade de gritar às pessoas distantes meus sentimentos...
Vontade de olhar nos olhos e, sem palavras, transmitir sentimentos profundos...
Vontade de realizar sonhos...
Vontade de concretizar um abraço prometido...
Vontade de ter uma boa conversa...
Vontade de dar muitas gargalhadas...
Vontade de ser prazer...
Vontade de poder ser cada vez melhor...
Vontade de ter o dom de deixar as pessoas felizes...
Vontade de ser mais...
Vontade de ser tudo. Até de ser nada.
Vontade de tocar piano para alguém especial enquanto este degusta um bom vinho...
Vontade de ler tantos livros quanto gostaria de ler...
Vontade de conhecer um mundo além do meu...
Vontade de deixar o "descuido do não" prevalecer...
Vontade de gritar às pessoas distantes meus sentimentos...
Vontade de olhar nos olhos e, sem palavras, transmitir sentimentos profundos...
Vontade de realizar sonhos...
Vontade de concretizar um abraço prometido...
Vontade de ter uma boa conversa...
Vontade de dar muitas gargalhadas...
Vontade de ser prazer...
Vontade de poder ser cada vez melhor...
Vontade de ter o dom de deixar as pessoas felizes...
Vontade de ser mais...
Vontade de ser tudo. Até de ser nada.
10 fevereiro 2009
Desejos
Queria cantar e saber amar. Queria ter mais coragem e me aventurar. Queria ser grande e poder me arriscar. Queria fingir e conseguir enganar. Queria comover, ainda que pudesse cantar. Queria me aventurar e fingir ter coragem. Queria me arriscar e conseguir ser grande. Queria enganar, só se nao soubesse amar.
26 janeiro 2009
Gostar de Mulher
Sabe, admiro os homens que gostam de mulheres. Não, não estou referindo-me a seres humanos do sexo masculino heterossexuais, no sentido estrito. Reflito o que está, além disso. O sexo feminino é cheio de peculiaridades, singularidades e particularidades. Sim, são muitos “ades”. O que é de se apreciar é aquele homem que, por natureza, admira tudo isso. Ou até mesmo aquele que “aprendeu” a admirar. Admirar é diferente de gostar. Entretanto, quando os dois caminham juntos, é bem melhor. É mais que apaixonante um homem que admira o ser feminino, a alma feminina e seus mistérios. Sim, a mulher não vem com manual de uso, mas ainda com a falta de um possível “manual”, há homens que tentam compreender, têm paciência para isso e gostam disso. Argumentam, dialogam, aceitam ou discordam, mas tudo isso numa cautela ímpar. Para esses homens, mulher interessante não é aquela gostosa, cheia de peitos e bundas que chamam para si qualquer tipo de anseio; mulher interessante é aquela que contem a leveza de uma nuvem, a sutileza de uma raposa e a sensualidade de uma lua cheia. A graça, o encanto, está em desvendá-la, em descobri-la, em satisfazê-la. Não no âmbito carnal, mas também. E também no sentido diverso, nos seus sonhos, amores, prazeres. Mulher não precisa de dinheiro, jóias e imóveis e este dito homem sabe disso. Ele utiliza desses subterfúgios como forma secundária de conquista, porque, a priori, ele já o fez. Ele é seguro e sabe do poder que tem. Porque, apesar de ser um ser admirador, ele escolhe aquela, única e insubstituível, priorizando-a acima de muitas coisas, pois conhece bem os dizeres de Vinícius de Morais quando em “Soneto do Orfeu”, reza em seus primeiros versos “são demais os perigos dessa vida pra quem tem uma paixão”. Ele conhece poesias e músicas. Lugares e danças. Comidas e poemas. Não necessariamente tudo junto, mas algum item, com certeza! Seu modo de olhar é fascinante porque seus olhos jamais deixam de brilhar. Ela torna-se bela por natureza. O cheiro, o jeito, tudo nela completa-se num ritmo que o faz apaixonado. E apaixonante. Claro, pois quando se encontra um “desses”, nós, mulheres, nos apaixonamos e nos entregamos. Entretanto, por motivos que fogem da nossa vontade, caso ocorra de não conseguirmos levar esta relação adiante, ficamos mais exigentes para com o próximo que vier. Buscamos um tantinho que seja desse raro ser. Mas o melhor disso tudo é quando você acha que o descobriu. Ledo engano! Para eles, VOCÊ foi descoberta. E agradeça, pois no dia em que topar com um desses, você ganhou na mais deliciosa loteria da vida.
(By S.L)
10 janeiro 2009
Desencanto
"Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha meu livro, se por agora
Não tens motivo algum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nesses versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre."
[...]
"Humildemente pensando (...) Na vida inteira que poderia ter sido e que não foi."
(Manoel Bandeira)
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