15 maio 2009

No ensejo

O que penso é lixo, resto
É som num silêncio manifesto
Do que trago na noite, que traga
A bile do som; amarga.

Profundo desejo: medo
Sou noite escura... enredo
Traduzindo minh'alma, nua
Num feixe de lua, da lua.

Solidão não cala, grita!
Realidade que o sonho imita
Sendo louca e sã, agora
Quando o dia anoitece: aurora!

Sou gana, poder, tensão
Cultuando a dor (tesão)
Me perdendo no universo vazio
Acorrentada, com medo: frio.

Se busco meu eu: alguém.
N'outrora me vejo: ninguém!
Sou muitas e no fundo, só
Entre tantas lembranças... NÓ!

2 comentários:

Ígor Andrade disse...

Passei quase uma hora pensando sobre este poema. Construção fantástica, minha amiga. Belo poema!
Saudade de Fortaleza?
Abração!

Hod disse...

Olá Silvia...Fortaleza ganha mais um filhos!!
Adorei seu poema..muito bem sedimentado...Parabéns!!

Hod