13 março 2009

Quem cala por mim?

Numa tarde, tarde
Cheia de nuvens cheias
De tantas formas
Adornam meu eu.

Durmo acordada
Acordando do sonho
Que anseio por jamais acordar.

Num quase desespero
Sou um destempero
Quando preciso
De mim em mim.

Falando, ouço.
Sentidos aguçados
E direcionados
Sem eco.

E só,
Vejo.

São muitos que nada são.
É nada que vale muito.
É tudo que nada quero.
É um quase nada de mim.
Não sou eu.

Sou mais uma,
Sendo sua única.

4 comentários:

gloria disse...

é mesmo sílvia, apenas me sinto afetando e sendo afetado por um elo de afeto que me conduz. Ah! não tenho filha com aquele nome não bjs

Anônimo disse...

Esses - para alguns, como eu, não raros - momentos de aparente vazio são inevitáveis. Mas é bom que existam para preenchermos sempre com matéria ainda melhor. Um beijo!

gloria disse...

tem um selo para você lá no meu blog. bjs

Ígor Andrade disse...

Esse poema me lembra uma conversa que tive sobre relacionamentos e relacionar-se. Só não lembro com quem. rs
Bonito poema!
Abraço!