Seu poema só é limpo para quem quer vê-lo assim. Existe uma lente em cada olhar. Existe uma vontade em cada retina. A neutralidade somente reside nos sabões. E acredito que nem eles sejam tão neutros assim. Quanto aos pares serem a única possibilidade de vivermos distantes de tantos ímpares, isso é a plena realidade. Se somente podemos viver em conjunto, seja em família ou em sociedade, é no par que nos encontramos, é no par que nos sentimos pois é o par que nos sente. E nos sente assim mesmo: adoradores do próprio umbigo que somente o encontram por conta de uma satisfação pessoal. Por isso tudo é questão de contrato, muito embora o tempo que faz a sombra dos amantes jamais deixe de transcorrer, jamais deixe de transformar. Mas será que o tempo e(tran)scorre ou o tempo apenas é? Caso assim seja, a limpidez do seu texto é real e não os meus olhos sedentos por remelas inexistentes é que estão plenos da sujeira de tanta realidade que não me desce pela garganta. Apesar de viver de pântanos, nunca gostei de sapos. Quanto mais de engolir os mesmos. Em suma: tens a sensibilidade de quem corta um coração ao afagar os cabelos da amante. E isso é poesia. Um beijo, dona moça.
Olá moça. Gostei da sua análise do meu poema. Na verdade aquele poema é um tanto antigo, tem uns cinco ou seis anos. Postei no blog pra ver quais seriam as reações do povaréu. Os três últimos textos, aliás, contando o poema, datam de uns anos atrás. Mas a partir de amanhã volto com minha lida diária de escrever coisas exclusivas lá para o meu espaço de vidros enegrecidos. Esperarei sua visita, visto que gostei muito do que por aqui existe. E quem é a Maria a qual você referendou no blog da Glória? Um beijo.
moça quase-conhecida-sem-ser. ímpar é perceber o nó que é ser um, apartado, cindido de um outro que desliza entre nossos dedos. uma sensação de completude que, ainda bem, é sempre por um triz. tua poesia se derrama com a força das palavras desenhadas com esmero. sào plásticas e intensas tuas máterias-prima de poesia. apenas uma tecelã de sentimentos desenhados em palavras, conseguiria essa ímpar delicadeza! bjs
6 comentários:
Lindeza de poema. Um é o dia pleno de viver em par.
Belo poema, Belo final.
Abraço, minha amiga!
Seu poema só é limpo para quem quer vê-lo assim. Existe uma lente em cada olhar. Existe uma vontade em cada retina. A neutralidade somente reside nos sabões. E acredito que nem eles sejam tão neutros assim. Quanto aos pares serem a única possibilidade de vivermos distantes de tantos ímpares, isso é a plena realidade. Se somente podemos viver em conjunto, seja em família ou em sociedade, é no par que nos encontramos, é no par que nos sentimos pois é o par que nos sente. E nos sente assim mesmo: adoradores do próprio umbigo que somente o encontram por conta de uma satisfação pessoal. Por isso tudo é questão de contrato, muito embora o tempo que faz a sombra dos amantes jamais deixe de transcorrer, jamais deixe de transformar. Mas será que o tempo e(tran)scorre ou o tempo apenas é? Caso assim seja, a limpidez do seu texto é real e não os meus olhos sedentos por remelas inexistentes é que estão plenos da sujeira de tanta realidade que não me desce pela garganta. Apesar de viver de pântanos, nunca gostei de sapos. Quanto mais de engolir os mesmos. Em suma: tens a sensibilidade de quem corta um coração ao afagar os cabelos da amante. E isso é poesia. Um beijo, dona moça.
Olá moça. Gostei da sua análise do meu poema. Na verdade aquele poema é um tanto antigo, tem uns cinco ou seis anos. Postei no blog pra ver quais seriam as reações do povaréu. Os três últimos textos, aliás, contando o poema, datam de uns anos atrás. Mas a partir de amanhã volto com minha lida diária de escrever coisas exclusivas lá para o meu espaço de vidros enegrecidos. Esperarei sua visita, visto que gostei muito do que por aqui existe. E quem é a Maria a qual você referendou no blog da Glória? Um beijo.
Ótimo poema.
Parabéns!
moça quase-conhecida-sem-ser. ímpar é perceber o nó que é ser um, apartado, cindido de um outro que desliza entre nossos dedos. uma sensação de completude que, ainda bem, é sempre por um triz. tua poesia se derrama com a força das palavras desenhadas com esmero. sào plásticas e intensas tuas máterias-prima de poesia. apenas uma tecelã de sentimentos desenhados em palavras, conseguiria essa ímpar delicadeza! bjs
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