17 janeiro 2010

Devaneio

O amor é vão, se perde no tempo.
É lembrança, é lágrima escorrendo.
É saudade do não vivido.
É a dor do não correspondido.
É o passado que teima em voltar.
É a esperança do novo amor chegar.

Quando me perco, meu avesso é emoção.
São memórias, agora, restritas ao coração.
Daquela lembrança que palpita
Ou daquela outra preferida.

Mas de todas, quero apenas fugir
Apagar, esquecer, abolir.
Correr tão longe, correr agora
Não deixar meu coração que chora
Ser alcançado por essas lembranças.
Parando, apenas, quando da esperança
De outro amor receber ou dar.
Esse é meu jeito de amar.

3 comentários:

M. disse...

Amiga! Essa poesia foi de doer o coração! Melancolicamente linda, do jeito que eu gosto!kkk! Meu orgulho!

Anônimo disse...

Linda menina, linda poesia. Escreve com a alma e quem escreve assim encanta!

Abraços

Hod disse...

Nesse versejar encontro ecos retumbantes de um paralelismo.
Amores que acontencem. É isso um acontecer constante do amor.

Forte abraço Silvia.

alôha,

Hod.