10 janeiro 2009

Desencanto

"Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha meu livro, se por agora
Não tens motivo algum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nesses versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre."

[...]

"Humildemente pensando (...) Na vida inteira que poderia ter sido e que não foi."


(Manoel Bandeira)

Um comentário:

Ígor Andrade disse...

E o pior que acabamos sempre pensando assim, depois de um tempo, antes de uma vida.
Abração, minha amiga!