Tempo de chuva. A melancolia desce devagar do céu, deixando-me extremamente sensível. Cada gota molha, de forma desanimada, desacreditada, meu coração. Feixes de alegria, iluminam-o, mas o cinza e a instabilidade o tornam novamente dependente dessas gotas.
Gotas que sufocam, gotas que me fazem gritar... E derramar tais gotas pelo rosto, a tocar meu coraçao.
O tempo, no embalo do seu embaraço, da ofusques momentanea, impede a nitidez do meu pensamento, deixando-me sem chao. Sem base. Sem ar.
E nesse mesmo tempo, nesse mesmo outono sombrio que poda a imediata introduçao da luz alegria, e que me resigna a essa equidistante saudade...
No mais, resta-me esperar que o tempo melhore, que a melancolia passe, que a luz volte a me aquecer e, so assim, poder sossegar.