Do não saber.

A palavra que prego

E emprego

Renego

de vez em quando

Quando dá vontade,

Quando sou maldade,

Na criatividade,

Na falta de maturidade.

Entrementes sou meio de acesso

Sou processo

Lento de digerir.

Mas e se descubro?

Descuido da felicidade

E volto ao meu mundo...

Vazio, frio, insosso, doído.

Sede

Quero criar o mundo
Todo, de uma só vez!
Uma vida de vagabundo?
Sim... Quem sabe... Talvez.

De tudo tenho louca vontade
Agora, sempre, aqui e ali
É uma louca tempestade
Que se apossa e se apodera de mim.

Mas não adianta me iludir
Essa ânsia, louca insanidade
Assim como vem me possuir
Se vai, assim, na mesma velocidade

E volto a ser somente eu
No marasmo que o mundo me jogou
Se foi! Todo o sonho que era meu...
Se foi! Um dia, aquele que me amou...

Após 3 anos...

Tudo me vem veloz
Com uma louca vontade de ficar
Então escuto outra voz
Resmungando: "-Pare de sonhar!

-Você não é a mesma
-Você me esqueceu!"
Falou-me com tanta certeza
Que o sonho, novamente, adormeceu.

Tento, mas não consigo
Resgatar o que já foi meu
São sonhos... meu eu antigo
Aquele momento amigo
Que simplesmente foi esquecido
Sendo tudo que aconteceu!

Da nostalgia

Do tempo de tantas coisas
Do tempo de mim mesma...
Quando me jogava, solta
Em sonhos internos
Em sonhos externos
De letras, palavras e poesia.
De canção, coração e maresia.
De quando meu mundo era mais mundo
E eu admitia...